Investigadores do Departamento de Bioquímica da Universidade de Cambridge desenvolveram uma célula fotovoltaica feita com algas para fornecer energia a um microprocessador. A célula, de tamanho semelhante a uma pilha AA, permitiu manter o hardware a trabalhar continuamente durante um ano. O hardware, aliás, continua a trabalhar.

Para a experiência, os investigadores usaram uma espécie de alga chamada Synechocystis. Este organismo utiliza a luz do sol para produzir o seu próprio alimento através de fotossíntese. Os investigadores aproveitaram esse processo para fornecer energia para o microprocessador, usando um pequeno elétrodo de alumínio para captar a corrente elétrica produzida durante a fotossíntese.

O microprocessador utilizado foi o Arm Cortex M0+, comum em equipamentos da IoT (Internet of Things). A Arm Research colaborou com os investigadores e desenvolveu a SoC (System on a Chip) para o microprocessador, bem como o interface de recolha de dados utilizado na experiência.

Este tipo de baterias oferece várias vantagens face às convencionais, de acordo com os investigadores. Ao invés de serem apenas armazenadores de energia, a utilização de algas permite tornar as células em produtoras de corrente elétrica. Outra vantagem é a diminuição da dependência do lítio.

via ScienceBlog.com DOI: 10.1039/D2EE00233G