O i3wm (e o i3-gapps, antes de ter sido descontinuado) é o meu window manager preferido. É super leve, bastante configurável, a interação com ele dá para fazer quase exclusivamente com o teclado e foi uma adaptação bastante rápida para mim. É por isso que o uso há alguns anos quase a tempo inteiro, com umas passagens por desktop managers como o Plasma Desktop.

Apesar de estar muito satisfeito com o i3wm e a configuração que uso nele, o dwm andava a despertar-me interesse há algum tempo. O dwm é outro gestor de janelas, ainda mais leve, mas também tem menos funcionalidades. O número reduzido de funcionalidades pode, no entanto, ser contornado através da aplicação de patches ao código-fonte do programa. Claro que isso te obriga a compilar o código-fonte, mas o tempo de compilação demora apenas uns segundos.

Há dois meses, lá decidi testar o dwm. O meu objetivo inicial era usá-lo sem patches, mas mudei de ideias num instante. Ter suporte para execução automática de aplicações no início da sessão, uma systray e mais umas coisas que não estão incluídas por default, faz falta e dá jeito para a minha utilização. Bem, é possível executar aplicações no arranque do dwm de outra forma, mas eu não quero deixar de usar o emptty e passar a usar o .xinitrc.

Ao longo deste período, tenho usado o dwm ocasionamente. Como personalizei este window manager para se comportar de forma idêntica ao outro, a experiência tem sido positiva. Uma das coisas que me agrada bastante é o conceito de tags ao invés de desktops virtuais. A diferença entre eles é que é possível ver as janelas de duas ou mais tags em simultâneo, enquanto com desktops virtuais só dá para ver um de cada vez.

Um exemplo disto é o seguinte.

Numa tag, tens um emulador de terminal a correr um multiplexer como o tmux, onde tens o neovim a correr, um servidor web local, etc, para desenvolveres uma plataforma para a web; noutra tag, tens o browser, onde vês a plataforma que estás a desenvolver. Em vez de colocares tudo na mesma tag, podes apenas mostrar essas duas quando necessitas e voltar a mostrar só uma quando não é necessário visualizar as duas. Isto, para mim, permite uma melhor organização.

Claro que nem tudo é positivo. Usar patches vai obrigar-te a lidar com erros quando os tentas aplicar. Também tens de fazer muita coisa manualmente para configurares o dwm, como editar o código-fonte para definires as cores e o tipo de letra que queres. Bem, verdade seja dita, o processo é idêntico com o i3wm, só que essas configurações são feitas num ficheiro de configuração e não no código-fonte.

No geral, estou contente com o dwm, mas não creio que vá substituir o i3wm a curto ou médio prazo.