Uma coisa que tenho sentido na pele desde que começou o processo de vacinação para a Covid-19 é a falta de boas acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida e/ou dor crónica. Sempre que fui tomar uma dose da vacina para a Covid-19 saí de lá muito pior do que quando cheguei! Ter de aguardar, principalmente quando isso é feito de pé, é penoso; ter de estar sentado em cadeiras rijas antes e depois da toma da vacina não é em nada melhor.

Desta vez, depois da toma da terceira dose, e com um toque do Marco Batista, decidi informar as autoridades que fazem a gestão dos espaços deste problema. Primeiro tentei contactar a Câmara Municipal de Coimbra pelo Twitter, mas a conta aparentemente não interage. Acabei por enviar um email ao município, no dia 27 de Janeiro, a expor o problema e a pedir melhorias. Enviei também o mesmo email à A.N.M.P. (Associação Nacional de Municípios Portugueses), porque isto não deverá ser, com certeza, problema exclusivo de Coimbra.

Hoje, recebi um email do município de Coimbra, onde apresentam as seguintes soluções, que vou transcrever, para mitigar este problema:

Sugestões de Resolução:

- Equacionar a possibilidade de em situações excecionais e devidamente fundamentadas, o munícipe realizar a marcação junto do Centro de Vacinação, identificando a sua situação de saúde (especial), podendo ser administrada a vacina, no veículo do utente, deslocando-se para esse efeito o Enfermeiro ao exterior do Centro.

- Criação de um espaço diferenciado, equipado com cadeirões e/ou marquesas, que permitirão aos utentes em situações especiais, usufruir de outra comodidade enquanto aguardam a administração da vacina, bem como, o período subsequente à mesma.

- Faremos chegar estas sugestões à ARSC de modo a ser equacionada a sua implementação.

Confesso que fiquei contente com a resposta e espero que a Administração Regional de Saúde do Centro, I.P. (ARSC) adote estas sugestões. Nós, com mobilidade reduzida e/ou dor crónica, agradecemos imenso não ficar com mais dores do que já temos 24/7!

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