Os problemas de fazer a própria pesquisa
O site Thinking Is Power publicou um artigo excelente intitulado “The problem with “doing your own research””. Este artigo é o primeiro numa série de dois que abordam este tema e os problemas que ele traz, e apresenta formas de o fazer da maneira menos enviesada possível.
Um dos problemas de fazer a própria pesquisa é a procura de informação que apenas confirme o viés. Aqui, a pessoa não quer confirmar se algo é verdade ou não. A intenção é somente encontrar informação que suporte o seu ponto de vista, mais nada. Os alucinados anti-vacinas fazem muito isto, por exemplo.
Outro, ao qual tento fugir mas provavelmente não consigo escapar, é que esta pesquisa própria não costuma ter em conta as imensas nuances de um determinado tema. Essas nuances costumam ser do conhecimento dos especialistas no tema em questão, mas não o são do Zé da Esquina.
Esta ignorância em relação às nuances causa-me bastante receio. Eu pesquiso imenso sobre fibromialgia e tento não me deixar influenciar por qualquer opinião pré-existente que possa ter. Dentro do que me é possível, tento abordar a informação científica que leio com uma postura pragmática, porque o meu objetivo é encontrar formas de controlar a síndrome e as dores horríveis e constantes que ela me causa, e não procurar validação para o que quer que seja. No entanto, o meu receio de descartar algo porque não estou ciente das nuances e detalhes está sempre presente. Acho que tenho mais receio disso do que interpretar incorretamente alguma informação.
Para combater este problema, a segunda parte desta série de artigos é uma excelente ajuda e dota o leitor de conceitos muito úteis. Ela toca em conceitos como consenso científico, síntese de investigação, meta-estudos, revisões sistemáticas, etc.
Se gostas de fazer a tua própria pesquisa sobre qualquer assunto que seja, lê os dois artigos do site Thinking Is Power. Eles são uma ferramenta muito útil no teu kit de informação.
A imagem deste post é da autoria de Emily Morter e foi publicada no Unsplash. A licença está disponível no site.